Construído no local do antigo Armazém 10 do Porto do Recife, o Cais do Sertão é fruto de um projeto dos mais arrojados do país. Assinado por Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz, da Brasil Arquitetura, escritório também responsável pelo Museu Rodin (BA) e a Praça das Artes (SP), o Cais do Sertão, com uma área de 7.500m², proporciona ao visitante uma experiência de imersão na cultura popular nordestina.
Tendo como fio condutor a obra de Luiz Gonzaga, o museu mescla, através de seus territórios, a tradição e a tecnologia, onde a arquitetura faz parte da narrativa. Foi utilizada a técnica do concreto aparente pigmentado, sem revestimento final, como reboco ou pintura, em que a cor empregada faz referência a uma pedra do Sertão do Piauí.
Na sua entrada, o edifício conta com uma grande marquise em concreto protendido, formando um vão livre de, aproximadamente, 25m, com uma abertura circular na sua parte central, para permitir o plantio do Juazeiro.
A construção é composta por duas edificações: Módulo 1 e Módulo 2.
No módulo 1 está instalada a exposição de longa duração, e a sua estrutura é feita de concreto armado e cobertura metálica que mantém a aparência do antigo armazém que existia no local.
O módulo 2, ainda em construção, onde teremos salas de exposição temporária, reserva técnica, auditório, dentre outros espaços, apresenta uma estrutura ainda mais sofisticada: um vão livre de 56m de extensão, que será recoberto por uma máscara de cobogó, remetendo à renda, à terra trincada e à visão do sertanejo da galhada na caatinga.